segunda-feira, dezembro 17, 2007

Queremos Palmer para presidente!




Um dos seriados de maior sucesso nos Estados Unidos e no Brasil é o 24 Horas. Com um roteiro inusitado os acontecimentos são desenrolam em supostamente 24 horas do dia de um agente secreto, Jack Bauer. O personagem principal é um James Bond do novo milênio: só não tem uma namorada em cada canto. Pior, as vezes sofre conflitos internos por causa do tipo de trabalho que faz.
Mas o personagem mais interessante ficou em cinco anos da série que já está entrando na sua sétima edição: o presidente Davis Palmer. Detalhe: é um senador negro que chega à presidência norte-americana. Bem a calhar para o senador Obama Barack, afro-americano que disputa a preferência dos filiados do Partido Democrata com a senadora Hillary Clinton.
Palmer é uma figura até apaixonante, pois mostra um tipo de político que parece não existir mais nem nos Estados Unidos, Brasil ou lugar nenhum: é honesto e ético. Em vários episódios, na dúvida entre o caminho mais fácil, onde os fins justificam os meios, ele opta para o mais difícil e nem sempre bom para a própria imagem.
Ele é um sonho para uma realidade triste que convivemos: o presidente do Senado Federal renuncia: não para escapar da cassação, que certamente não viria, e sim para não atrapalhar a votação de um projeto importante para o Governo Federal. No seu lugar, ao partido com direito de escolher um sucesso ao cargo, despreza o curriculo de um senador incorruptivel, e optar por outro que parece não ter um passado tão brilhante.
No seriado, o presidente Palmer faz pronunciamentos à nação, mesmo quando seus auxiliares ou familiares dão um passo errado. E melhor, ele se adianta aos fatos, para não ser cobrado. Na vida real, só após muitas manchetes e investigações da Midia, o político abre a boca, para dizer que não sabia de nada. Posso até admirar este politico, mas isto continua inaceitável.
Palmer morre no quinto ano da série por saber daqueles complôs tipicos. No seu ficticio enterro há comoção. E na vida real: qual político que se morrer hoje ficaremos comovidos a ponto de nos sentirmos orfãos políticamente?

quarta-feira, outubro 31, 2007

Calvário do Padre Júlio Lancelotti


Conheci o padre Júlio Lancelotti, em 1993, durante a criação do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, em Barretos. Ele palestrou sobre a importância do tema. Na época, confesso, até nem reparei tanto na sua notoriedade. Mas para quem o conhece, sabe: o religioso não manifesta o desejo de ser famoso e sim em aumentar a adesão às causas dos oprimidos.
Só depois, lendo os jornais e assistindo a televisão pude perceber a importância deste sacerdote. Sempre ao lado das crianças abandonadas ou moradores de rua. Não me esqueço do episódio da morte de mendigos em São Paulo, em 2004, quando ele ajudou a coordenar as manifestações.
Também é inesquecível sua participação decisiva para pacificar menores em unidades da Febem. Governadores e secretários de segurança pública solicitaram a participação dele. Mas neste trabalho pastoral, ele fez muitos inimigos, e eles parecem vir a tona, com este escândalo.
Por isto, peço a todos, ceticismo ao assistir, ler ou ouvir alguma coisa. Principalmente, quando as noticias forem veiculadas em emissoras envolvidas numa equivocada guerra entre evangélicos e católicos. Às vezes, me dá impressão que desejam provocar algo que o Brasil não tem: divisões religiosas. Nenhum lugar do mundo há tanta liberdade de credo.
Os três acusadores do padre: Anderson Marcos Batista, Conceição Eletério e Evandro dos Santos Guimarães, deveriam ter suas vidas vasculhadas. E só depois de tudo apurado, chegar à colusão, se convém levar em conta o que dizem.
Mas há erros do padre: é condenável, o padre aceitar a chantagem, e pagá-la. Infelizmente, a biografia dele ficará machada até que seja explicada como um sacerdote consegue desembolsar tanto dinheiro assim. Se é que ele fez isto. Conheço a renda mensal de muitos padres e não bate com os valores divulgados no caso.
No final, espero que as bandeiras levantadas por Júlio Lancelotti não fiquem prejudicadas. Enquanto isso, os moradores de rua de São Paulo e menores internados na Febem, necessitam de apoio. Seja de quem for.

segunda-feira, outubro 29, 2007

De José Patrocínio à Heraldo Pereira



Achei bem divertido os meios de comunicação dar relevância à elevação de Heraldo Pereira como primeiro comentarista político do Telejornalismo. Pouca gente recorda de José do Patrocínio, um dos maiores jornalista políticos deste país. É um engano limitar sua atuação apenas ao abolicionismo: O coitado teve que fugir do Brasil, com a proclamação da República, por receio de morrer nas mãos daqueles que criticava: latifundiários, disfarçados de republicanos.
É mérito, vermos Heraldo, e até a Maria Júlia Coutinho, ex-TV Cultura, na Rede Globo. Mas é necessário vermos uma linha editorial, mais progressista, na maior emissora de televisão da América Latina. A oposição ferrenha da TV da Família Marinho, é inaceitável, principalmente na forma que as pautas são conduzidas: não há o mesmo espaço para as pessoas ou entidades que são à favor.
Mas isto já não assusta: basta pesquisar nos livros de História ou arquivos públicos, para checar nos jornais do período Pré Abolição, sobre o comportamento da Grande Imprensa.
Mesmo assim, parabéns à Heraldo e à Maria Júlia.

Elementar, meu caro Watson


Muitas pessoas no Mundo ficaram perplexas ao ouvir o cientista James Watson declarar-se pessimista sobre o resultado da aplicação de políticas públicas na África, por causa da suposta baixa inteligência dos negros. Ele falou isto em entrevista ao jornal The Sunday Times, baseado em testes, que não soube explicar quando e como e quantas pessoas foram submetidas. Para justificar sua opinião ele diz “esperava que todas as pessoas fossem iguais, mas que aqueles que têm de lidar com empregados negros não acham que isto seja verdade”.
As palavras não saíram da boca de qualquer um: é um geneticista norte-americano, que ao lado do cientista britânico Francis Crick, ganharam o Prêmio Nobel, em 1962, pela descoberta da estrutura do DNA.
É elementar, meu caro Watson, que todos os estudos nos ultimos 45 anos, provaram não haver diferenças na inteligência entre etnias, homens e mulheres ou classes sociais.
Não sou cientista, mas minha tese, é que a formação cultural do geneticista tenha uma boa carga de preconceito. As políticas sociais não dão certo na Africa, pois elas são ficticias: não são aplicadas. O dinheiro some no meio caminho. E conheço muitos empregados bem inteligentes, que não tem chance de provar seu papel.

terça-feira, outubro 16, 2007

Clara Nunes, a tal mineira




Na voz dela foram consagradas as músicas: Você passa eu acho graça, Conto de areia, Canto das três raças e Morena de Angola, dentre outras. Mas desde sua morte repentina, em 2 de abril de 1983, numa mesa de cirurgia, ninguém conseguiu ocupar o espaço artístico deixado por Clara Nunes na Música Popular Brasileira.
Ela nasceu em 12 de agosto de 1942 no interior de Minas Gerais no distrito de Cedro da Cachoeira. Logo na adolescência foi trabalhar numa fábrica quando participou do concurso A Voz do Ouro ABC, vencendo a etapa mineira e terceiro lugar na final, em São Paulo, 1960. A partir daí, conseguiu emprego na Rádio Inconfidência, onde teve um programa exclusivo na TV Itacolomi durante um ano e meio. Além disso, nesta época se apresentava em boates e casas noturnas de espetáculos da cidade onde viveu até 1964, quando mudou-se para o Rio de Janeiro.
O primeiro LP gravado, A voz adorável de Clara Nunes (1966), apresentou um repertório de conhecidos boleros e sambas-canções, mas foi um fracasso comercial. Só começou a cantar samba a partir do segundo, Você passa eu acho graça, em 1968, O primeiro espetáculo realizado foi Sabiá Sabiô, paralelamente à gravação do álbum Clara Clarice Clara, que trouxe canções de compositores de escola de samba e MPB, como Caetano Veloso e Dorival Caymmi .
Com o LP Alvorecer de 1974 obteve grande sucesso com a canção Conto de areia. Bateu recordes de vendagem, chegando a quinhentas mil cópias rompendo com o tabu de que cantora não vendia discos. Neste mesmo ano lançou o disco Brasileiro: profissão esperança, ao lado do ator Paulo Gracindo. Os discos que se seguiram a transformaram na maior intérprete de samba do Brasil. O disco seguinte Claridade (1975) vendeu ainda mais do que o anterior.


Alguns anos depois, pode-se observar um maior ecletismo no repertório, que incluiu baiões, baladas e até valsinhas, confirmando assim a grande versatilidade de intérprete, além das canções calcadas no tema do candomblé. A religião, e por características dela e por suas indumentárias características: vestidos longos brancos, colares e miçangas, de origem africana.Deixa clarear, Derramando lágrimas, dentre outras. O álbum mais vendido foi Brasil Mestiço que ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas.
Morreu na madrugada de 2 de abril de 1983, prematuramente, aos 40 anos, depois de vinte e oito dias em coma: ela se internou na Clínica São Vicente, no bairro da Gávea, onde se submeteu a uma operação de varizes na perna esquerda. Sofreu parada cardíaca e paralisação da atividade cerebral, vítima de um choque anafilático.
O corpo foi velado na quadra da Escola de Samba Portela - uma de suas paixões - e sepultado no Cemitério São João Batista.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Cotas para negros: avanços e retrocessos.


Quando comecei a debater as cotas para negros nas páginas da Gazeta, em 2002, não esperava poder vislumbrar cinco anos depois as boas noticias sobre a implantação das Ações Afirmativas no Brasil. Na época, o único exemplo do ensino superior estava na Universidade Estadual da Bahia. Aqui, lutávamos para implantar a medida no Imesb e nos concursos públicos em Bebedouro. Deu certo, mas um dia, quando puder conto os bastidores, não foi fácil.
Agora temos cotas em muitas instituições públicas. A justificativa é simples: brancos com o mesmo nível de escolaridade de negros ganham até 40% a mais, em média, para funções equivalentes. É o que constatou o IBGE, a partir dos números de 2006. A média de remuneração dos brancos fica em torno de 3,4 salários mínimos, enquanto que a de negros e pardos não passa de 1,8. A participação de negros e pardos na parcela que representa o 1% mais rico da população brasileira é de apenas 12,4%. Já entre os 10% mais pobres, chega a 73,2%.
E a legalidade jurídica é amparada Ação afirmativa por várias as iniciativas públicas, através de leis, que propiciaram benefícios às pessoas portadoras de deficiência física. Sem esquecer das cotas de 30% das mulheres nas candidaturas.
No livro “Curso de Direito Constitucional Positivo” o jurista Jose Afonsa da Silva argumenta, “É precisamente no Estado Democrático de Direito que se ressalta a relevância da lei, pois ele não pode ficar limitado a um conceito de lei como o que imperou no estado de Direito Clássico; precisa influir na realidade social, impondo mudanças sociais democráticas”.
Porém, vejo perigo na implantação da UNB, Brasília. Lá inventaram um equivocado sistema de decidir a etnia por fotos. Absurdo. Agora mudaram para uma comissão que entrevistara os vestibulandos, candidatos às cotas. Algo semelhante só li no nazismo. A melhor atitude seria a auto-afirmação, ou seja, vale o que o cidadão se declarar no ato da inscrição. Pode ter malandragem? Talvez, mas temos uma legislação para punir que ache “oportuno” se passar por negro.

terça-feira, setembro 25, 2007

O polêmico filme Tropa de Elite


Neste final de semana assisti ao polêmico filme do cineasta José Padilha: Tropa de Choque. Seria engraçado se não fosse trágico, o filme é um sucesso nas barracas de camelos das grandes cidades. É chata a atitude da pirataria, mas uma coisa é certa: se muitas pessoas recorrem a este recurso para só para assistir, é um atestado de sucesso.
O roteiro é baseado num livro homônimo, que relata o cotidiano de um oficial deste grupo de especializado da Policia Militar do Rio de Janeiro. Para nós, paulistas, poderá ser chocante a realidade retratada. Mas se algum cineasta aventurar a filmar o livro Rota 66, do jornalista global Caco Barcellos, iremos sentir mais incomodo ainda.
O que vemos em quase uma hora e meia de filme é a mesma situação vivenciada nas das grandes cidades do mundo, principalmente da América Latina. No filme são mostrados três setores da polícia carioca: os corruptos, os omissos e os sonhadores. O primeiro time todo mundo conhece, pois são os mais notórios, apesar de não ser a maioria das corporações. A gente depara com eles nos noticiários policiais, quase sempre presos em flagrante delito.
Os omissos da PM são aqueles que não participam da corrupção, sabem dos fatos, mas dentro deles moram o espírito, “deixa disso” ou pensam assim, “não vai virar nada”. Felizmente ou infelizmente são a maioria. Quando aparecem os escândalos na televisão, fazem questão de justificar para a família, que nunca aceitaram dinheiro por fora, mas não revelam o fato de testemunharem este tipo de crime e permanecerem calados.
O terceiro e menor grupo são os sonhadores: faz parte o menor grupo de policiais, em geral, novatos. Entram com disposição de mudar o sistema, punir os bandidos fora e dentro da corporação. Se forem resistentes, conseguem vencer, senão, pedem transferência para outro setor.
Há cenas de consumo de drogas, tortura e extrema crueldade, praticado por ambos os lados da guerra contra o crime. Não é fácil julgar. O certo mesmo é nem se meter a fazer análises profundas sobre o assunto.
O diagnóstico do problema é feito pelo personagem do ator Wagner Moura: o sistema é assim. Um ex-graduado da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro disse: a PM existe para conter a revolta dos morros, não para combater o crime. Estabelecem a linha social, para que os favelados continuem convivendo com os traficantes; e turistas possam passear tranqüilos pelas praias da Cidade Maravilhosa.
O filme Tropa de Elite é obrigatório para todos brasileiros. Só faltou no final da exibição no cinema a bandeira nacional, á tremular, e lermos lá ironicamente: Ordem e Progresso. Pra quem?

segunda-feira, março 26, 2007


Charles Fox, William Wilberforce e Lord Grenville foram os pioneiros da lei queaboliu a escravatura, que passou na Câmara dos Comuns por 144 votos a favor e 15contra, tornando a prática de traficar ou transportar escravos ilegal.
Foi o primeiro passo para colocar fim a uma das práticas mais cruéis na históriada humanidade, e outras nações iriam seguir o exemplo ao longo do século XIX.
A documentação não providencia cifras exactas sobre o número de vítimas, masexiste um consenso que cerca de 10 milhões de pessoas foram esforçados a sairdos seus lares na África Ocidental, foram vendidas aos traficantes, mantidas emcondições deploráveis nos navios, e depois vendidas aos donos das plantações nasAméricas.
Dado que cerca de metade dos escravos morriam na travessia do oceano,pode estimar-se que o número total de pessoas traficadas como escravos entremeados do século XVI e o início do século XIX foi cerca de 20 milhões de homens,mulheres e crianças.“Deplorável” é uma palavra que não serve para descrever as condições de pesadeloem que estas pessoas se encontravam.
Esforçadas a estarem deitados ou sentados,sem quaisquer condições sanitárias ou higiénicas, chegavam ao seu destino atéseis meses depois, quanto melhor, num mar de excremento. Ou pior, mortos.Contudo, a escravatura continua a existir hoje, 25 de Março de 2007. Estima-seque existem até 10 milhões de crianças a trabalharem como escravos sexuais.Existem cerca de meio milhão de crianças soldados.
Existem 27.000.000 de pessoas esforçados a trabalhar sem salário, ou por salários simbólicos. E existe aescravatura na União Europeia, onde cada ano 400.000 pessoas caem vítimas aotráfico em seres humanos.Como podemos celebrar este dia hoje, dia 25 de Março de 2007, se na Mauritânia,um escravo negro é negociado por 11 Euros, no Sudão, custa 64 Euros, e se naÍndia, Paquistão e Bangladesh, o negócio esclavagista continua a render 25milhões de Euro por ano?
Timothy BANCROFT-HINCHEYPRAVDA.Ru

sexta-feira, março 16, 2007

Lewis Hamilton - O primeiro piloto negro da Fórmula 1

Uma das novidades da Fórmula 1 é a participação do piloto negro Lewis Hamilton, filho de imigrantes da ilha caribenha de Granada. Ela vai corrrer pela lendária Mclaren. Sua ida para à equipe foi bancada pela fábrica de motores Mercedes.
Com 22 anos, ele é uma das apostas da equipe para voltar a vencer na competição.
O mais próximo que um negro tinha chegado do circuito concorrido da Fórmula 1, foi com o piloto de teste Wlly Ribbs, pela equipe Brabham, um piloto que também foi pioneiro nas provas de 500 milhas de Indianápolis - prova de velocidade e resistência.
Um dos episódios tristes da Fórmula 1, ocorreu em 1963, em Jacksonville, Flórida, quando o piloto negro Wendell Scott, mesmo vencedor de uma prova do Nascar, no dia 1º de dezembro de 1963, só lhe entregaram o troféu, quando o público tinha ido embora.
O sucesso de Lewis poderá abrir as portas para outros negros aparecerem neste esporte.
Torçamos por ele.

quinta-feira, março 15, 2007

Dona Tereza


Morreu na segunda-feira (12), a primeira pessoa que me deu Consciência Negra, minha mãe. Ela me ensinou a nunca andar de cabeça baixa, responder as ofensas raciais e nunca correr de uma briga justa. Também me ensinou a respeitar e amar as mulheres negras. E o mais importante: tinha orgulho da minha luta contra o racismo, tanto é que no domingo pedia para que eu checasse uma historia de uma prima que teria sido discriminada no trabalho.Agora, minha missão é seguir adiante, sempre honrado tudo que ela me ensinou e ficar atenta a sua inspiração.

terça-feira, março 13, 2007

The Frog Princess



No princípio, era a Branca de Neve. Agora, tudo mudou. No final da semana passada, a fechar a sua reunião anual de accionistas, a Walt Disney anunciou, em Nova Orleães, o início da produção do seu novo filme de animação clássica, The Frog Princess, que tem por heroína uma jovem negra chamada Maddy, residente no Bairro Francês da cidade que o Katrina devastou.Descrito como "um conto de fadas americano" pelo realizador e director da Disney e da Pixar John Lasseter, No princípio, era a Branca de Neve. Agora, tudo mudou. No final da semana passada, a fechar a sua reunião anual de accionistas, a Walt Disney anunciou, em Nova Orleães, o início da produção do seu novo filme de animação clássica, The Frog Princess, que tem por heroína uma jovem negra chamada Maddy, residente no Bairro Francês da cidade que o Katrina devastou.Descrito como "um conto de fadas americano" pelo realizador e director da Disney e da Pixar John Lasseter, The Frog Princess foi já classificado por alguns jornais como mais um exemplo da actual estratégia artística e de marketing da companhia, que sublinha a sua orientação "multicultural" e a "diversidade" das personagens das suas animações mais importantes.A verdade é que já há bastante tempo que as princesas das longas--metragens animadas da Disney deixaram de ser europeias para passarem a ser multirraciais - é o caso das três últimas, em Aladdin, Pocahontas e Mulan. O que de modo algum tem livrado os estúdios do rato Mickey de acusações de estereotipação racial, e de continuarem a ser politicamente incorrectos.Protestos atrás de protestosEm 1993, quando da estreia de Aladdin, a primeira longa-metragem animada dos estúdios com uma princesa "étnica", a árabe Jasmine, choveram protestos da parte de organizações muçulmanas, acusando o filme, entre outras coisas, de uma visão "racista" do Médio Oriente e de excesso de "sensualidade" no desenho da jovem heroína.Seguiu-se, em 1995, Pocahontas, baseado na história da princesa índia homónima e de John Smith, um dos primeiros colonos do Novo Mundo. Mais protestos, agora de organizações nativas americanas, pelo facto dos animadores da Disney terem criado Pocahontas em grande parte baseados na cara e na figura da top model Naomi Campbell, em vez de terem optado apenas por raparigas índias. O filme mais consensual foi Mulan, de 1998, baseado numa velha lenda chinesa em que a heroína que se disfarça de homem para combater o invasor huno.Em todos estes filmes há uma mensagem de harmonia inter-racial e certamente que The Princess Frog não fugirá a esta orientação. E também de certeza que, uma vez o filme nos cinemas, surgirão vozes descontentes, acusando-o, e à Disney, de paternalismo cultural. E e à princesa negra de ser mais um cliché racial para a colecção da casa.

sexta-feira, março 09, 2007

Taís Araujo - Linda demais!


Maçonaria e o Abolicionismo



Um dia destes entrei pela primeira vez em uma Loja Maçônica. Cheio de rituais, de cara não me simpatizei com o lugar. Mas acabei me sentido forçado a fazer uma pesquisa sobre a Maçonaria e os negros. Fiquei surpreso.
Durante os 50 anos de luta abolicionista, as lojas maçônicas participaram de forma decisiva da luta para libertação das pessoas escravizadas. E três figuras afro-brasileiras eram maçons: o engenheiro André Rebouças, o advogado Luiz Gama e o jornalista José do Patrocínio.
Os três percorreram o país com apoio de lojas maçônicas divulgando a necessidade do abolicionismo.
Outro apoiador era o intelectual, político e também advogado Rui Barbosa, considera inclusive na época um mulato, o que na verdade não era. Ele pertencia a Loja América de São Paulo. Nesta mesma loja, no dia 7 de julho de 1868, Barbosa teria lido um projeto de Abolição com as seguintes propostas todas as lojas maçônicas: todas deveriam aderir ao abolicionismo e criar condições para capacitá-lo profissionalmente; deveriam criar um fundo especial para comprar alforrias de crianças escravas, e mesmo de adultos; incentivariam a criação de escolas diurnas e noturnas para a educação dos ex-escravos, comoforma de reparação pelo crime do escravismo.
A proposta de Rui Barbosa também dizia que ninguém poderia ser considerado maçom se mantivesse posse de escravos ou fosse traficantes de pessoas escravizadas.
Este documento influenciou todas lojas maçônicas no Brasil. A prova disto está no Amazonas, onde uma maçonaria comprou um jornal e passou a veicular a luta abolicionista. No Ceará, o primeiro estado a libertarem escravos, o então governador maçom Sátiro Dias assinou decreto extinguindo a escravidão naquele estado, em 1884. A dúvida de hoje é saber por que a proposta de Rui Barbosa não vingou.
Era uma verdadeira reforma social, endossada por nomes como:Joaquim Nabuco de Araújo, Pimenta Bueno e Eusébio de Queiroz.
Mas é bom citar que a maçonaria é feita por homens, que são em alguns casos progressistas ou conservadores. Igual o Congresso e Câmaras Municipais.

quarta-feira, março 07, 2007

sexta-feira, março 02, 2007

MACY GRAY


MACY GRAY


“...I try to say good-bye and I choke
I try to walk away and I stumble
Though I try to hide it, it's clear,
My world crumbles when you are not near
Good-bye and I choke
I try to walk away and I stumble
Though I try to hide it, it's clear,
My world crumbles when you are not near...”

Aos ouvir estes versos da música I Try, ou seja, Eu tento, eu adoro e me delicio com esta voz sensacional de Macy Gray, nascida em Canton, estado de Ohio, ela começou a carreira,tarde, quase tarde, aos 30 anos. Sua formação musical foi desde pequena ouvir muitos discos de R & B, de gente de alto calibre como Sly Stone, James Brown, Marvin Gaye e Stevie Wonder.
Depois, mudou-se para Los Angeles, onde conheceu artistas do mundo musical. Paralelamente foi procurando gravadoras com suas musicas. E uma das fitas demos impressionou a gravadora Epic/Sony que acabou por contratá-la em abril de 1998.
Seu primeiro produtor foi Andrew Slater, que lançou seu disco “On How Life Is”, no ano de 1999. Cheio de suingue o disco foi um sucesso vendendo aproximadamente 2 milhões de cópias. E ela ainda ganhou o premio na Inglaterra de Melhor Artista Solo e Revelação daquele ano.
Hoje não paro de ouví-la.

Marvin Gaye





Marvin Gaye

Let's Get It On

I've been really tryin', baby


Tryin' to hold back this feelin' for so long


And if you feel like I feel, baby


Then come on, oh come on


Let's get it on, oh baby


Let's get it on


Let's love, baby


Let's get it on


Sugar, let's get it on

Lembro até hoje o dia de seu assassinato em 1984. Suas músicas fizeram parte da minha juventude. Marvin Gaye, nasceu em 1939, tornando-se anos depois a perfeita tradução da palavra “Soul Man”.
Ele passou inicialmente por alguns grupos vocais até lançar em carreira solo o disco: “The Soulful Moods Of”, em 1961, indo direto para as paradas de sucesso com as músicas “How Deep Is The Ocean?” e “How High The Moon”.
Nas décadas de 60 e 70 continuou lançando clássicos e duetos com as belas divas Mary Wells, Kim Weston e Tammi Terrell. A parceria com Tammi Terrell parece ter sido a mais dolorosa. Embora eles não fossem namorados, como era comentado nos bastidores a morte dela, vitimado por um tumor no cérebro em 1970, deixou Marvin em depressão.
“What’s Going On” de 1971, cuja canção homônima chegou a ser recusado pela gravadora que não a considerou comercial o suficiente, é marco musical, com uma letra consciente, em plena Guerra do Vietnam. Em 1974 lança o disco “Live!”, e em 1978 “Here My Dear”, de 1978, onde as letras são inspiradas no fim do casamento com Anna, também tiveram ótima repercussão.Logo que seu divórcio foi concluído, casou-se com Janis Hunter. Desta união nasceram dois filhos.
Os anos 80 foram o ápice de sua carreira, com “Midnight Love”, que trazia o ‘hit’ “Sexual Healing”. Quantas vezes eu vi este clip. A letra é sensual e a batida envolvente.

Marvin tornou-se o principal artista da famosa gravadora Motown quando, infelizmente, um fato trágico fez o cantor se calar. No dia 1º de abril de 1984, véspera de seu aniversário, quando completaria 45 anos, Marvin Gaye foi assassinado pelo próprio pai, após um desentendimento familiar.
Nos anos seguintes, seus álbuns foram relançados e a coletânea “Very Best Of” chegou às lojas em 2001. A gravadora Motown também lançou gravações ao vivo e material raro depois da morte do músico.

quinta-feira, março 01, 2007

Um livro difícil de comprar.

Mesmo lançado com grande repercussão na imprensa, com direito a artigos e até editoriais favoráveis o livro do jornalista Ali Kamel, teima em permanecer nas prateleiras das livrarias, encalhado. Num texto que beira a arrogância, o autor tece argumentos duvidosos contra as ações afirmativas e todos os projetos de lei, em processo de votação no Congresso Nacional.
Na época, nem perdi tempo em comentar os equívocos dentro deste livro. Mas grandes personalidades do Movimento Negro fizeram com maestria.
Agora, o livro pode ser comprado por módicos R$ 15, 00, entretanto ainda assim é caro, pois os dados oficiais do IBGE e outras pesquisas mostram a necessidade da aplicação de cotas no Brasil.
Tomara que o livro não tenha se beneficiado de incentivos culturais, pois a população negra, também contribuinte em impostos, estaria sendo lesada duas vezes.
Acredito que um dia Ali Kamel tenha consciência da grande colaboração que deu para os racistas deste país.
Ele não é racista, mas o livro é.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Mais uma batalha: MP da Bahia e Rede Globo






Demorou mais aconteceu: o Ministério Público da Bahia entrou com uma ação de tutela coletiva e indenizatória contra a Rede Globo, por causa da novela Sinhá Moça. Um das exigências da ação judicial é obrigar a emissora carioca a produzir no mesmo horário uma novela, que corrija os erros históricos sobre a luta da população negra por sua libertação e também sobre o abolicionismo.
A decisão de processar a Globo foi tomada após a realização de um inquérito civil, instaurado em maio do ano passado, para investigar se “Sinhá Moça” teria deturpado a história da escravidão e prejudicado a auto-estima da população negra e afrodescendente. Segundo Soares Filho, a novela errou ao mostrar o negro extremamente passivo e sofredor, incapaz de se libertar a não ser por intermédio de heróis brancos.
Baseada no romance de mesmo nome escrito por Maria Dezonne Pacheco Fernandes, adaptado pela Globo pela primeira vez em 1986, “Sinhá Moça” é considerada uma obra abolicionista. Para o promotor Soares Filho, porém, a última versão possui “inúmeras cenas de graves ofensas racistas, agredindo moral, física e psicologicamente homens e mulheres negras”.
Titular da 2ª Promotoria de Justiça da Cidadania de Salvador, Soares Filho afirma ainda no documento que, “ao veicular cenas de brutais ofensas racistas (físicas e morais) contra homens, mulheres e crianças negras, sem o devido contraponto de mostrar a capacidade de luta, a coragem, a inteligência e a incrível força moral e espiritual dessas vítimas, a Rede Globo de Televisão transmitiu uma mensagem extremamente negativa” para os afrodescendentes.
A ação corre na 3ª Vara Cível de Salvador, cuja titular, juíza Letéia Braga, solicitou a citação do diretor da Rede Globo, Octávio Florisbal, no Rio de Janeiro. Na época da abertura do inquérito civil, a emissora se defendeu das acusações de deturpação histórica e ofensa à dignidade dos negros afirmando que “Sinhá Moça” é uma obra literária e, portanto, caracterizada pela ficção.
O promotor, no entanto, não se convenceu com o argumento e procurou subsidiar sua tese na opinião de especialistas e estudiosos. Entre outros pontos, a ação lembra que, à época da abolição da escravatura, período em que “Sinhá Moça” se passa, a grande maioria dos negros já se encontrava livre ou alforriada. Alguns deles, inclusive, como o engenheiro baiano André Rebouças (1838-1898) e o jornalista fluminense José do Patrocínio (1854-1905), faziam parte da elite e se engajaram na luta pela abolição, formalizada em 1888, com a assinatura da Lei Áurea.
Para escrever a versão ‘historicamente correta’ de “Sinhá Moça”, o promotor pede que o autor da novela, Benedito Ruy Barbosa, seja orientado “por doutores em história previamente aprovados pelo Ministério Público”.

Cafundó.


Garimpando entre Dvds achei o filme Cafundó, estrelado pelo sempre eficiente Lázaro Ramos, dirigido pelo Paulo Betti, que fez da história um projeto pessoal. Vale a pena por vários aspectos. Primeiro porque ele narra a biografia de João de Camargo, líder negro religioso, que viveu na primeira metade no século XX, em Sorocaba.
Uma coisa que precisa urgente é uma revisão é o papel da comunidade na Igreja Católica. Através das irmandades negras e de pessoas como João de Camargo, teve uma caracterização forte e bem cultural.
João era escravo, depois se tornou tropeiro, e após um casamento frustrado, converte-se em religioso. Há inclusive o conflito entre religiões de matriz africana e o catolicismo, representado na figura de Flávio Bauraqui, que leva para as telas um Exu, pra lá de perfeito. Bom para aqueles que ainda pensam que o orixá é sinônimo de demônio. Ledo engano.
O filme tem defeitos de roteiro e montagem, mas nada que comprometa o produto final.
Vejam e tirem suas próprias conclusões.
Pra mim ele foi um Padre Cícero negro, do interior paulista. Mas sem o viés político que tinha o cearense.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Jennifer Hudson + outra linda afro-americana premiada no Oscar

Texto retirado do Uol


Jennifer Hudson, uma carismática jovem de 25 anos que em 2004 foi uma das finalistas do "reality show" "American Idol", conseguiu dois anos mais tarde entrar para o elenco do musical "Dreamgirls - Em Busca de um Sonho", que rendeu glória e o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.Ela nunca estudou canto ou interpretação, mas revelou que sua meta desde pequena era virar uma estrela.No entanto, nem nos melhores sonhos imaginava que teria uma noite como a de domingo, na qual superou atrizes consagradas como a australiana Cate Blanchet ("Notas Sobre um Escândalo") e a mexicana Adriana Barraza ("Babel"), ou jovens talentos como a japonesa Rinko Kikuchi ("Babel") e Abigail Breslin ("Pequena Miss Sunshine").Dois anos depois da derrota no "American Idol", a jovem conseguiu fama e ofertas de trabalho que nenhum vencedor do 'reality' consegue.Pouco depois da participação no programa, Jennifer Hudson deu o troco na algoz, Fantasia Barrino, ao derrotar a vencedora do "American Idol" em um teste para um musical.Na ocasião, o cineasta Bill Condon procurava alguém com voz intensa para interpretar a heroína Effie White, papel que chega a ofuscar a estrela Beyoncé e que rendeu a Jennifer Hudson prêmios importantes como o Globo de Ouro e a estatueta do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG)."Nunca perdi as esperanças de interpretar Effie. Sempre mantive a fé", disse à imprensa após o Globo de Ouro em janeiro.
Para ficar com o papel no qual brilha mais que pesos pesados como Jamie Foxx, Beyoncé Knowles e Eddie Murphy neste musical sobre a carreira de um grupo de soul famoso nas décadas de 60 e 70, Hudson concorreu com 782 candidatas.Jennifer Hudson nasceu em Chicago, onde integrou durante anos um coral gospel. Também trabalhou como animadora infantil em um cruzeiro da Disney, no qual cantava músicas do filme "Hércules". Em "Dreamgirls", o destaque fica por conta de sua interpretação de "And I'm Telling you I'm not Going".No plano musical, já assinou um contrato com o produtor Clive Davis, da Arista Records, que lançou carreiras tão diversas como as de Janis Joplin, Whitney Houston, Justin Timberlake e Christina Aguilera. A Variety, bíblia do entretenimento de Hollywood, afirma que a estrela emergente lembra as trajetórias de Barbra Streisand e Bette Midler, e até mesmo "uma jovem Aretha Franklin".

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Idi Amin Dada


Uma das poucas novidades da noite do Oscar foi a indicação do ator afro-americano Forest Whittaker, por sua interpretação do ditador de Uganda, Idi Amin, no filme: The Last King of Scotland – O Último Rei da Escócia. Tenho que salientar, que a produção é ainda um pouco maniqueísta, quando faz a tragédia africana, ser trazida na ótica de um europeu, que pra variar, só está sem cena para tentar civilizar o dirigente ugandense.
Abaixo forneço a biografia de Idi Amim retirada do site Netsaber. O que eu posso resumir é que ele foi um dos bonecos, colocados no poder pelos Estados Unidos, durante o período da Guerra Fria contra a União Soviética, que no final detonou vários paises africanos e latino-americanos.
Mas ainda assim, por curiosidade, acho que o filme deve ser visto. Eu assistirei.

Biografia

O ex-ditador de Uganda nascido em uma pequena tribo de camponeses muçulmanos de Kakwa, nas margens do Nilo e um dos distritos mais remotos de Uganda, um dos déspotas mais sanguinários da África, considerado culpado pela morte de dezenas de milhares de ugandenses, que tomou o poder em um golpe militar (1971), derrubando o presidente Milton Obote. Alistado no Exército britânico, onde foi ajudante de cozinheiro do regimento britânico King's African Rifles, e impressionou com seu 1,90 metro de altura, seus 110 kg e sua habilidade pugilística, que o converteram em campeão de boxe na categoria peso pesado de seu país (1951-1960). Após a independência do país (1962) tornou-se chefe do Exército (1966) do presidente Milton Obote. Após o golpe de estado, depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de governo que durante oito anos (1971-1979) de um regime brutal deixou um país arruinado e centenas de milhares de pessoas assassinadas. Demonstrando um temperamento megalômano, vingativo e violento, expulsou (1972) cerca de 40 mil asiáticos, descendentes de imigrantes do império britânico na Índia, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda em um país de homens negros. Uma figura grande e imponente, seu comportamento excêntrico criou a imagem de um bufão dado a explosões irregulares e foi chamado de Bug Daddy. Uma vez se declarou rei da Escócia, proibiu hippies e minissaias, e chegou a um funeral da realeza saudita usando um kilt. Certa vez (1999) disse a um jornal ugandense que ele gostava de tocar acordeão e de recitar o Alcorão. Depois de assumir o poder (1971), tornou-se um ditador que violava os direitos humanos fundamentais durante um "reinado de horror", segundo a Comissão Internacional de Juristas. Expressava admiração por Adolf Hitler, foi denunciado dentro e fora do continente africano por matar dezenas de milhares de pessoas durante seu governo (1971-1979). Algumas estimativas dizem que o número ultrapassa as 100 mil pessoas. Muitos ugandenses acusavam o ex-campeão de box de manter cabeças decepadas em uma geladeira, de alimentar crocodilos com cadáveres e de ter desmembrado uma de suas esposas. Alguns diziam que ele praticava canibalismo. Rompeu relações diplomáticas com Israel e ordena a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus (1972). Foi recebido (1975) pelo papa João Paulo VI como chefe em exercício da Organização da Unidade Africana. Foi notícia internacional (1976) quando, depois do seqüestro de um avião da Air France por um comando palestino, uma força aérea israelense atacou o aeroporto de Entebbe, a 37 km de Campala, libertando todos reféns são libertados. O ataque deixou 31 mortos, entre eles 20 ugandenses, uma intervenção que foi encarada como uma humilhação pessoal. Rompeu (1976) relações diplomáticas com o Reino Unido e, dois anos depois.fracassou um atentado contra ele nos subúrbios de Campala. Exilado na Tanzânia o líder por ele derrubado Milton Obote convocou um levante (1979) e, no dia 11 de abril, o ditador foi derrubado pela Frente Nacional de Libertação de Uganda (FNLU), pelas forças do presidente da Tanzânia, Julius Nyerere, e de exilados ugandenses, e um novo regime, dirigido por Yusuf Lule, chefe do FNLU, também seria destituído no dia 20 de junho por Godfrey Binaisa.


Abandonou então o país e fugiu para a Líbia, mas teve de buscar um novo refúgio quando o ditador líbio Muammar Gaddafi o expulsou do país. Recebeu asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, aconhado por suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando seu estado de saúde agravou-se, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu que pudesse voltar a Uganda para morrer, mas o atual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado por seus atrocidades. Gravemente doente foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo e morreu no Hospital Especialista Rei Faisal, em Jeddah, Arábia Saudita, de complicações devido à falência múltipla de órgãos. Foi enterrado na cidade saudita de Jeddah, onde ele vivia na maior parte do tempo desde que foi deposto (1979) em um pequeno funeral na Arábia Saudita, horas depois de sua morte no sábado, 16 de agosto. Os ugandenses reagiram com uma mistura de alívio com a morte de um tirano e nostalgia por um líder que muitos aplaudiram por expulsar asiáticos que dominavam a vida econômica.
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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

A ancestralidade de Whoopy Goldberg está na Guiné Bissau.




As análises de DNA realizadas pelo laboratório “African Ancestor”, especialista em afro-americanos, no campo da genealogia e da genética, provou as origens guineenses da atriz. Seus ancestrais vieram de Ome, a 45 Km de Bissau; e ela pertence ao grupo Papel e Bayote. Quando os jornalistas da Associated Press, que têm posto em Ome, mostraram uma fato da atriz a Iye Faustino, um morador da região, de 28 anos, ele assegurou aos jornalistas que “esta mulher deve ser papel. As formas de sua boca e de seu nariz lembram muito os nossos”...........Whoopy Goldberg não é a única a recorrer à genética para reencontrar suas raízes. Este método é usado cada dia mais. Graças às pesquisas levadas a cabo durante 20 anos sobre a descrição do genoma humano, é muito possível reconstituir a história de famílias, não mais pelos arquivos do estado, mas decifrando os cromossomos. Depois de cinco anos, as dezenas de laboratórios nos Estados Unidos e na Grã Bretanha, como “Family Tree DNA”, em Houston e “Oxford Ancestry”, em Cambridge, se lançaram nesse trabalho.íntegra, em francês: http://www.afrik.com/article11173.html

quarta-feira, janeiro 31, 2007

John legend

Ando ouvindo muito este cara, principalmente por causa das letras.
Ordinary People (tradução)
John Legend
Garota, estou apaixonado por você
Não é a lua-de-mel
Acabou a fase de paixão passageira
(Estamos) exatamente na parte mais densa do amor
Às vezes ficamos doentes de amor
Parece que brigamos todos os dias
Este músico cheio de talento possui uma licenciatura em Inglês da Universidade da Pensilvânia e participou nos álbuns de Lauryn Hill, Kanye West, Britney Spears, Alicia Keys, Black Eyed Peas, Jay-Z e Janet Jackson.Contudo, em 2005, John Stephens tornou-se mundialmente conhecido como John Legend e o seu extraordinário impacto no panorama musical significa que já não precisa de apresentar o seu CV a ninguém.Os amigos deram-lhe a alcunha de "Legend" (Lenda) devido à sua voz e estilo, que evocam os heróis passados da soul e R&B.Agora, enquanto o vencedor de três GRAMMY® trabalha no sucessor do primeiro álbum, Get Lifted, que vendeu milhões de cópias, a alcunha amigável parece mais uma profecia inspirada de uma sensação da música.
Contudo, a ligação de Legend com públicos de todas as idades e gostos em todo o mundo não se deve apenas ao facto de ser uma representação talentosa de heróis passados.Ao passo que a sua voz foi comparada a Marvin Gaye, Bill Withers e Stevie Wonder, as suas letras variam entre temas familiares da soul e temas contemporâneos que esperaria encontrar num álbum recente de R&B ou hip hop.Um bom exemplo é Number One. Enquanto a música utiliza um sample clássico de uma música de Curtis Mayfield, a voz do artista convidado pertence à pedra preciosa do hip hop (e amigo íntimo de Legend), Kanye West.A história de um homem que implora perdão após ter sido apanhado a trair a sua namorada é material de música soul, mas o estilo de letra, distintamente de "rua", que menciona telemóveis e o eBay, cria uma mistura irresistível e original entre o antigo e o novo.O tema percorre o álbum, desde o gospel-soul alegre de Let’s Get Lifted ao ritmo sensual de Alright e da sentida I Can Change, com Snoop Dogg, à mordacidade humilde de Ordinary People.
Esteve muito tempo à espera de atingir a ribalta, e agora que a atingiu numa escala tão extraordinária bem que se pode perdoar John Legend por se sentir algo confundido.Contudo, este não é o seu verdadeiro estilo. Em vez de se limitar a desfrutar do facto de ser o centro das atenções, Legend já está a implementar o seu plano para dominar a indústria discográfica… e mesmo a indústria cinematográfica.Para além de estar trabalhar em estúdio no sucessor de Get Lifted e em projectos conjuntos com Kanye West, Common e Will.i.am, John irá desempenhar o papel de Lionel Richie na biografia de Marvin Gaye.Quando o filme, intitulado Sexual Healing, for lançado em 2007, pode transformar John Stephens do Ohio numa das maiores e mais talentosas estrelas do planeta. Talvez mesmo numa lenda…

terça-feira, janeiro 30, 2007

Barack Obama – O 1º presidente negro dos EUA?

Não será a primeira tentativa, mas está parece ser a mais forte investida de um político afro-americano em direção a Casa Branca. O senador democrata pelo estado de Illinois, Barack Obama, terá que vencer a também senador e ex-primeira-dama Hilary Clinton na disputa pela cadeira de George W. Bush. Apenas a ativista negra, Ângela Davis, conseguiu ser submetida as urnas através do Partido Comunista dos Estados Unidos. O pastor Jesse Jackson sempre foi o grande nome para representar os negros nos Estados Unidos, mas sempre foi preterido.
Obama nasceu no dia 4 de agosto de 1961, no Havaí, em Keyne, filho de um diplomata. Freqüentou os melhores colégios, sempre vivendo em várias partes do mundo por causa da profissão do pai. Destacou-se politicamente como um advogado defensor de causas humanitárias e pelos direitos civis, especialista em direito constitucional, formado por Harvard. É extremamente querido pela mídia.
Mas enfrentará Hilary Clinton, que dizem alguns analistas, é mais forte e implacável que o ex-presidente Bill Clinton, entretanto carecendo de carisma político. Além disto, ela tem um forte poderio econômico de grupos financeiros interessados na volta do esquema dos oitos anos Clinton, de extremo desenvolvimento econômico.
Para nós, negros brasileiros, a eleição de Obama mudará pouco nossas vidas. Nem acredito que a eleição de um presidente afro-brasileiros seria a solução para eliminação das desigualdades raciais no país. O problema é muito mais profundo, e necessita que um programa nacional sério, de longo prazo, para que tenhamos no futuro negros e brancos no mesmo patamar social.
Entretanto, se o senador Obama vencer as primárias do Partido Democrata e passar o candidato dos Republicanos, que pode ser a também negra Condolezza Rice, tornará um ícone mundial. Será o presidente do país mais poderoso do mundo, inspirando que jovens negros em todo o mundo sonhem em alçar maiores vôos. Também será um recado para os políticos brasileiros, que em geral, sem exceção mantém em suas presidências e direções uma só etnia.É incrível, o Brasil não tenha vergonha de se olhar no espelho e achar normal, que sejam raros os prefeitos, governadores, senadores e deputados negros.
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terça-feira, janeiro 16, 2007

TUPAC SHAKUR

until the end of time


Acho que eu era viciado em fazer coisas erradas
Em algum lugar perdido da minha infância meu coração morreu
E mesmo que nós dois tenhamos nascido no mesmo lugar
O dinheiro e a fama nos fizeram mudar de lugar
Como isso pode acontecer, por toda a miséria
Que tivemos que passar
Os tempos dificeis
fazem um verdadeiro amigo ficar receoso de vir até você
Pedir por dinheiro
Você pode vir até mim quando precisar
Nunca vou deixar alguém acreditar nessa merda que nós vemos
Isto é uma coisa pequena de verdade
O que eu posso fazer? Amigos de verdades ajudam você a enfrentar os problemas
E se houver novidades ele vai fazer o mesmo se ele puder
Porque no gueto os amigos de verdade ajudam você a se sentir bem
Tempos bons eram aqueles que nós zuavamos pra caramba, chama a policia
Acabando com a paz que estava na minha quebrada
Isto nunca vai acabar, quando minha mãe me perguntava se eu ia mudar
Eu dizia pra ela que sim mas é óbvio que eu vou ser sempre o mesmo
Até o fim dos tempos

Troque essas asas quebradas
Eu preciso de sua ajuda aqui para me curar mais uma vez
Até o fim dos tempos
Então eu poderei voar
Até o fim dos tempos
Até o fim dos tempos
Até o fim dos tempos

Por favor Senhor me perdoe por essa minha vida de pecados
Meu olhar de mau parece que assusta todos os meus sobrinhos
Porque você sabe, eu não fico muito tempo em casa
Toda noite saindo pra ganhar dinheiro me fez perder o contato, droga
Não dou um sorriso faz um tempo
Um nascimento inesperado é o pior para as crianças do gueto
Minhas atitudes me deixaram andando sozinho
Dando rolê sozinho no meu Lowrider
Vendo o mundo todo em câmera lenta
As vezes sumia para ficar ouvindo o oceano
Fumando uns Newports ficava pensando e depois voltava pra minha vida
Em quem eu posso confiar nesse mundo frio
O pilantra do meu mano teve um filho com minha ex-mina
Mas não fiquei injuriado
Eu sou um jogador, eu não matei ele
Eu comi a irmã dele, fiz ela gemer como uma mexicana
Sua parente mesmo
Sem remorsos, isto tinha que acontecer
Depois de rimar a unica coisa que eu era bom era numa transa
Até o fim dos tempos

Ha ha
Agora quem tem o dom de dizer que eu estava certo ou errado
Em viver minha vida como um fora da lei solitário
Continuei forte neste mundo cheio de invejosos
Só ficam falando mas na Death Row tá cheio de exemplos
E no fim de tudo bebendo Hennessey, todos os meus inimigos com inveja de mim
Eles somem quando eu rimo esclarecendo facilmente as coisas
Eles caem de joelhos, e imploram pelo seu direito de respirar
Enquanto me implorar para manter a paz
Ha ha
Bem, acho que isto está perto de acontecer
Em tempos de perigo não trema, é hora de ser um homem
Siga meus ensinamentos, eu lhe darei tudo oque você precisar
Um pouco de habilidade e uns treinamentos para ser um gangsta
Lembre de mim como um fora da lei filho da mãe
Outro album meu saindo, é só pra isso que eu vivo
Cada vez mais louco até eu ver o meu caixão
Enterrado como um gangsta enquanto o mundo todo se lembra de mim
Até o fim dos tempos

[Refrão] 2x

E um anjo desde do céu e me leva
Lembrem se de mim
E meu filho está só agora
Até o fim dos tempos
Até o fim dos tempos

Talvez esse seja o bandido em mim...

"O tempo em breve mostrará, um pensamento pode durar por anos"


Natural de Bronx, New York, Tupac Amaru Shakur nasceu em 1971, com o nome de Lesanne Crooks. O significado do nome pelo qual o conhecemos é especial. Tupac Amaru é um nome inca que traduz serpente resplandecente e Shakur é um nome egípcio que se traduz por grato a Deus.
Em 1981, a família de Tupac mudou-se para Baltimore, para que este frequentasse o Liceu de Artes da dita cidade. É nesta fase que Tupac escreve o seu primeiro rap, então, sob o nome de MC New York.
Mais tarde, em Junho de 1988, a sua família muda-se para Marin City, uma cidade vizinha de Oakland, na California. Aqui, Tupac envolve-se com verdadeiros marginais e começa a vender droga. Em Agosto do mesmo ano, o padrasto de Tupac, Mutulu Shakur, é preso e sentenciado a 60 anos de cadeia devido a um crime alegadamente cometido pelo mesmo em 1981.
Em 1990, Tupac junta-se ao grupo Digital Underground, desempenhando um papel de rapper e dançarino. Em 1991 e enquanto membro deste grupo que foi nomeado pela Academia dos Grammys, ele destaca-se na música Same Song do álbum This Is Na Ep Release e no álbum Sons Of The P.
Nesse mesmo ano, o rapper alcançou reconhecimento individual com o álbum 2Pacalypse Now, do qual resultaram os singles bem sucedidos, Trapped e Brenda´s Got A Baby. A polémica em redor deste álbum que falava de polícias sendo assassinados, trouxe a 2Pac alguma popularidade e o rótulo de rapper marginal e socialmente incorrecto começava a ser definido em Tupac.
No ano seguinte, Tupac participa no filme de Earnest Dickerson, Juice. Em 1993, é lançado o segundo álbum a solo do rapper, intitulado de Strictly 4 My N.I.G.G.A.Z., este com uma aceitação ainda mais forte que resultou num enorme número de cópias vendidas. Note-se que houve sempre uma tendência em duplicar o número de vendas dos álbuns de 2Pac de álbum para álbum até o All Eyez On Me. Strictly 4 My N.I.G.G.A.Z. produziu os singles, I Get Around, Keep Ya Head Up e Papa´z Song. Nesse mesmo ano contracenou com Janet Jackson no filme Poetic Justice.Em 1994, Tupac apareceu associado ao grupo Thug Life na banda sonora do filme protagonizado por ele próprio, Above The Rim e no próprio álbum do grupo, Volume 1.
Durante uma rixa perto dos estúdios de gravação em New York, Tupac é baleado cinco vezes, tendo sido disparados dois tiros na cabeça. Miraculosamente o rapper sobreviveu, tendo atribuído as culpas do incidente ao seu amigo de longa data Christopher Wallace (The Notorious B.I.G.). Contudo nunca houveram provas incriminatórias para o sucedido, embora que para Tupac a situação estava esclarecida, Biggie Smalls teria organizado o atentado.
E assim começou um dos maiores ódios de sempre senão mesmo o maior, da história do hip-hop. Nesse mesmo ano, o rapper foi acusado de abuso sexual a uma mulher. Julgado em Fevereiro de 1995, é condenado a quatro anos e meio de prisão.
Com o lançamento do multi-platinado Me Against The World, 2Pac torna-se no primeiro artista a atingir o número 1 do top de vendas da Billboard enquanto está preso (!). Este album produziu entre outros, um dos singles de mais sucesso do rapper de sempre, Dear Mama, música que aliás valeu a 2Pac um Grammy.
Tupac viveu dias difíceis na cadeia. Enquanto esteve lá demonstrou estar cansado da vida que levara... Thug Life to me is dead. If it´s real, let somebody else represent it, because i´m tired of it....
Tupac passsou oito meses na cadeia e em Outubro de 1995 é libertado ao ter assinado um contrato com a produtora Death Row Records, contrato esse que obrigava o rapper a produzir pelo menos três álbuns para a produtora. Foi a única solução que o rapper teve para sair da prisão. Junta-se então a outros grandes nomes do panorama do hip-hop como Snoop Doggy Dogg e Dr. Dre.
E é num novo ambiente, benefeciando do estilo de produção californiano, que em 1996 é lançado o álbum mais vendido de sempre da história do hip-hop, All Eyez On Me, também o primeiro CD duplo de hip-hop de sempre.
Prestes actualmente a alcançar o disco de diamante (10x platina!), este álbum é um marco e um must-have do estilo. Oficialmente reconhecidos como singles estão as músicas: How Do U Want It, 2 Of Amerikaz Most Wanted, I Ain´t Mad At Cha e California Love. Este último, um dueto com Dr. Dre é talvez a música que vendeu mais até hoje de hip-hop. No single da musica How Do U Want It vinha incluído outro single, Hit Em Up. Esta música fez o conflito West/East Coast chegar ao seu pico máximo, pois o rapper pode-se dizer que escangalhou por completo todos os seus inimigos nova-iorquinos! O clima de tensão era evidente e para qualquer evento, Tupac não saía desprovido de guarda-costas e um colete anti-balas.
Por um motivo que permanece misterioso, na noite de 7 de Setembro de 1996, ocasião de um combate de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, o rapper não levou o colete como habitualmente. Nessa noite e após o combate, quando o rapper saía no carro com Suge Knight, presidente da Death Row, foram disparados 13 tiros ao carro. 4 atingiram o rapper e um raspou o seu chefe. Após ter estado 7 dias em coma, a 13 de Setembro de 1996, Tupac Amaru Shakur falece. Nesse mesmo dia, é lançado o video clip da música I Ain´t Mad At Cha onde o rapper desempenha o papel de alguém que morre. Foi isto que fez precipitar o aparecimento das teorias que dizem que o rapper se encontra vivo e apenas falseou a sua morte para fugir à fama e ao perigo. De facto, o descrito anteriormente trata-se de depoimentos de escassas testemunhas, que até se contradizem... (para mais detalhe, ver Teorias) Em Novembro desse mesmo ano é lançado mais um álbum de 2Pac, sob o nome de Makaveli, The 7th Day Theory.
Este álbum não diminui a qualidade estabelecida pelo rapper, tendo sido produzidos os singles Toss It Up, To Live & Die In L.A. e Hail Mary. No ano seguinte, para além de mais seis músicas resultantes das bandas sonoras dos filmes protagonizados por Shakur, Gang Related e Gridlock´d, é lançado mais um álbum do rapper, de nome R U Still Down, um duplo CD do qual se destaca o single de ouro Do For Love, entre outras músicas alegadamente gravadas pelo rapper num período antecedente ao da Death Row como produtora. É revelado pelas entidades do rapper que se encontram 700 músicas deixadas por 2Pac. A notícia amenizou um pouco as teorias sobre o rapper está vivo, mas não o sufeciente...
Em 1998, mais um CD é lançado, uma compilação dos melhore êxitos de 2Pac, Greatest Hits, onde são incluídos alguns temas inéditos, entre os quais o single "Changes se destaca por ter sido um número 1 em todo o mundo. No final do ano seguinte (1999) é lançado mais um álbum de temas inéditos de 2Pac com o seu grupo The Outlawz. Still I Rise é o nono álbum de 2Pac e mais um com a qualidade que habituou o público ouvinte. Baby Don´t Cry (Keep Ya Head Up II) foi single.
O ano de 2000 trouxe aos fãs de 2Pac um tributo, The Rose That Grew From Concrete, que consistia em poemas do livro do rapper com o mesmo nome, interpretados por artistas conceituados de música negra. Um gesto que o rapper merecia... Resta dizer que está confirmado o lançamento do álbum Until The End Of Time,o décimo do rapper (mais!) um duplo CD...
Vivo ou morto, Tupac é um ícone do rap e a sua mais distinta personalidade, um poeta dedicado, um homem com coragem para falar por muita gente oprimida por esse mundo fora e com sensibilidade para definir sentimentos.

Texto retirado de http://thuglove.br.tripod.com/tupac/id12.html
James Brown Vive no Céu fazendo de lá um inferno musical!!!

Oh, Eu me sinto bem, eu sabia que me sentiria
Eu me sinto bem, sabia que me sentiria
Tão bem, tão bem, por ter você
Oh, Eu me sinto bem, como açucar e tempeiro
Eu me sinto bem, como açucar e tempeiro
Tão bem, tão bem, porque tenho você
Quando te tenho em meus braços
Sei que não posso fazer nada de errado
E quando te tenho em meus braços
O meu amor não te fará mal algum
E eu me sinto bem, como açucar e tempeiro
Eu me sinto bem, como açucar e tempeiro
Tão bem, tão bem, por que eu tenho você
Quando te tenho em meus braços
Sei que não posso fazer nada de errado
E quando te tenho em meus braços
O meu amor não te fará mal algum
E eu me sinto bem, como açucar e tempeiro
Eu me sinto bem, como açucar e tempeiro
Tão bem, tão bem, Bem, porque eu tenho você
Oh, eu me sinto bem, eu sabia que me sentiria
Eu me sinto bem, eu sabia que me sentiria
Tão bem, tão bem, porque eu tenho você
Tão bem, tão bem, porque eu tenho você
Tão bem, tão bem, porque eu tenho você
Ei, oh, sim
James Joseph Brown Jr. (Barnwell, 3 de Maio de 1933 — Atlanta, 25 de Dezembro de 2006) foi um cantor, compositor e produtor musical norte-americano reconhecido como uma das figuras mais influentes do século XX na música.

Nascido na Carolina do Sul, foi um prolífico letrista e produtor musical, foi o principal impulsionador da evolução do gospel e do rhythm and blues para o soul e o funk, sendo a invenção deste último gênero creditada a ele. Também deixou sua marca em outros gêneros musicais, incluindo rock, jazz, reggae, disco, no hip-hop e na música dançante e eletrônica em geral.

Foi abandonado aos 4 anos por seus pais e deixado aos cuidados de parentes e amigos. Cresceu nas ruas de Augusta (Geórgia), onde cantava e dançava para pagar por sua vaga no quarto de um bordel.[1]

Aos 16 anos, passou três anos em um reformatório por roubar carros.

Durante os anos 60, lançou canções tais como "Papa's Got a Brand New Bag", "I Got You (I Feel Good)", "Get Up (I Feel Like Being a Sex Machine)" e "I'm Black and I'm Proud".

Em 1988, foi condenado a seis anos por posse de drogas e armas.

Sua carreira de músico profissional iniciou-se em 1953, atingindo a fama no fim da década de 1950 e início da de 1960, graças à força de suas performances ao vivo e a uma seqüência de grandes sucessos. Apesar de numerosos problemas pessoais e alguns insucessos, ele continuou a produzir sucessos nas duas décadas seguintes. Nas décadas de 1960 e 1970, Brown era uma presença em assuntos políticos norte-americanos, especialmente no ativismo em favor dos negros e dos pobres.

James Brown morreu aos 73 anos em 25 de dezembro de 2006, em Atlanta, Geógia, EUA, após internação devido a severa pneumonia[2].

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

sexta-feira, janeiro 12, 2007

A Grande Virada!


Apaixonado pelo cinema, tem um filme que recomendo neste final de ano para assistir com a família: Jerry Maguire – A Grande Virada. A história é simples e objetiva: um agente de atletas, acorda com a consciência da porcaria de profissional que é por estar explorando as pessoas, em nome dos lucros. E ele toma a atitude, que pouca gente tem coragem hoje em dia: falar a verdade e propor mudanças no trabalho e na forma de tratar as pessoas. Mas como a vida não é um conto de fadas, ele acaba ganhando de premio um grande pé na bunda, do patrão, dos clientes e até da namorada.
E ele acaba ficando com apenas um jogador de futebol americano, problemático, mas bem engraçado o Rod Tidwell, interpretado por Cuba Gooding Jr, além do apoio de sua única funcionária, a mãe solteira Dorothy Boyd (atriz Renée Zellweger). O Jerry Maguire é vivido pelo sempre canastrão Tom Cruise – incrível como ele consegue fazer sempre a mesma cara em todos os filmes. Mas nesta história ele até convence.
Entre algumas cenas há um senhor fazendo uma espécie de palestras motivacional, do estilo Lair Ribeiro e coisa do tipo. Apesar de parecer chato, é até legal. As dicas são excelentes. O final, todo mundo sabe: o bem vence o mal.
Mas a vida podia ser bem melhor e será, como cantava Gonzaguinha, se tivermos atitudes para mudá-la. Mesmo que custem às vezes as nossas boas vidas acomodadas. Várias vezes na minha vida eu passei por situações onde a postura correta, me custou emprego, cargo e a paz. Mas apesar do furacão, descubro depois, que fiz o melhor. E quando caímos em desgraça, ladeira abaixo, nem sempre contamos com apoio de esposa, namorada ou coisa similar. É incrível, como na descida ao inferno pessoal, ninguém nos acompanha. Mas ai é hora de avaliar: se tudo que perdeu, era teu mesmo, ou a tempestade só levou sujeira?
É necessários, termos coragem de nos testarmos como JÓ na Bíblia. Submetido a todas as provas possíveis. Se perdermos casa, família, poder e a forma da vida que temos: nos manteremos íntegros?
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Pixinguinha, o carinhoso


“Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê”.

Faça o teste: se você leitor passar por qualquer lugar de Bebedouro e começar a cantarolar as letras de Carinhoso com certeza, será acompanhado imediatamente por outras pessoas. É sem dúvida a canção mais conhecida deste país e que sobrevive a 90 anos. Foi composta em chorinho aos 20 anos por Alfredo da Rocha Vianna Filho – o Pixinguinha e depois letrada por João de Barros. Pergunto a vocês, qual musica sobreviveu a tanto tempo?
Já escrevi aqui sobre ele, mas não canso de lembrar: Pixinguinha foi um dos maiores músicos do país. Não foi o mais rico, pois semelhante ao jogador Garrincha, fazia o que gostava por prazer, e não possuía preocupação com contratos e ganhos. O apelido surgiu da união dos termos Pizindim, dado pela avó Edwirges, que em africano banto, quer dizer – menino bom, e Bexiguinha, ganhado por causa das marcas da varíola que lhe acometeu na infância.
O pai, Seo Alfredo, era flautista, mas queria que o filho tocasse bandolim ou cavaquinho. Até enfiou o moleque em aulas, mas ele imitava o pai, assobiando em folhas, até que foi do clarinete a flauta. Aos 14 anos foi contratado para se apresentar no Conjunto da Concha, numa casa de chope. Em 1911, gravou sua primeira música, o chorinho – Lata de Leite - em um disco de altas rotações. Aos 20 anos forma com Nelson Cavaquinho e Donga – os Batutas, que obteve tanto sucesso que chegaram a excursionar por Paris.
Aos 29 anos torna-se maestro e conhece o amor de sua vida, Albertina de Sousa, atriz de teatro de revista. Entretanto aos 35 anos, derrubado pelo vicio do álcool, abandona a flauta, impossibilitado fisicamente de tocar, para optar pelo saxofone. Seus grandes sócios de copo eram Donga e o compositor João da Baiana. O alcoolismo rendeu até uma musica: Briguei com Virginia – marca de uma pinga.
Ele ainda compôs muito, sendo prestigiado por Tom Jobim, Chico Buarque e teve inclusive homenageado em vida quando o prefeito do Rio de Janeiro, Negrão de Lima, deu a uma rua seu nome. Às dezesseis horas e 30 minutos no dia 17 de fevereiro de 1973, num dia de carnaval. Inclusive em sua reverencia, os blocos pararam em um minuto de silencio.
E agora me pergunto: das que todos escutam nas emissoras de rádio, qual atravessará o século XXI e chegará popular daqui a 90 anos? Há algum Pixinguinha entre nós? Não se apresse neste julgamento. Apenas curta os versos. Se estiver apaixonado, melhor:
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz”.
 

segunda-feira, janeiro 08, 2007



Composição: Chico Buarque
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar

E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aíOlha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega suado e veloz do batente

Não sou um grande pai, pois confesso, isto não é fácil, mas estou no aprendizado.
Mas tenho certeza que daqui uns anos, quando adulto, meu filho se orgulhara do pai que tem.
Se luto hoje, também é por ele.
Quem sabe não conseguirei ajudar a criar uma realidade racial melhor para que o Junior
Não tenha que travar as mesma lutas que hoje participo.
Que ele faça outras lutas, que o mundo também precisa.

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