“Mas da metade do país é negra e se esquece
Que tem acesso apenas ao resto que ele oferece
Tão pouco para tanta gente
Tanta gente
Tanta gente na mão de tão pouco
Pode crer
Geração iludida uma massa falida
De informações distorcidas
subtraídas da televisão”
VOZ ATIVA- RACIONAIS MCs
Um dado que aparece despercebido é o aumento significativo de jornalistas afro-brasileiros na Rede Globo. Antes o setor só tinha a presença da pioneira Gloria Maria
, hoje apresentadora do programa Fantástico. Depois veio Zileide Silva e outros numa diversidade étnica na telinha que nos alegra.
Destaca-se também a contratação de repórteres negros para matérias de política e não para as áreas de Esportivas, Entretenimento ou Comportamento. Uma dessas caras novas é a de Andréia Vieira que cobre as reuniões das CPIs em Brasília. Também segue essa linha, embora timidamente a TV Cultura.
Estão defendo sua participação na valorização do profissional afro-descendente as redes de televisão: Bandeirantes, Record e Rede TV. O SBT não conta ainda pois o que tem hoje, não podem chamar de Núcleo de Jornalismo. Na estréia de Ana Paula Padrão – reinaugurando o Departamento de Jornalismo da TV do Silvio Santos, iremos saber se o homem do baú contribui na promoção da igualdade racial.
Se formos falar de novelas a coisa fica meio por igual por todas emissoras. Os atores e atrizes negros estão lá, mas são minoria absoluta e em papeis de pouco destaque.
Exceto no folhetim eletrônico Chica da Silva – exibida em 1996 pela extinta Rede Manchete e agora reaproveitada pelo SBT. Mas assim como aconteceu na novela global “A Cor do Pecado” o problema persiste – é a linda mulher negra amando o homem branco.
O professor Edson Cardoso - Coordenador da Marcha Zumbi Mais Dez, diz que um dos sinais de que o racismo está recuando no Brasil é ver uma novela onde um homem negro disputa o amor de uma mulher negra, como casal principal da trama e após todos os percalços fiquem juntos. É... Parece que isso vai demorar ainda!
Ninguém fala, mas desde o aparecimento da Revista Raça – a coisa tem melhorado. Há criticas sobre o conteúdo dela hoje, mas o empreendimento de Aroldo Macedo – o primeiro editor – deu resultados. Pena que o “pai da criança” não está na publicação hoje para colher os frutos. Mas a atual editora – Conceição Lourenço é competente, mas precisa melhorar as matérias da Raça que repete muito os entrevistados. Falta pauta.
Netinho de Paula continua na luta por sua TV que deve entrar no ar até dia 20 de novembro deste ano. Nos bastidores ele garante ter recursos para mantê-la no ar por pelo menos 5 anos. Torço para isso. Fico agora esperando a atitude de nosso povo negro em dar audiência para ela e assim consequentemente trazer anunciantes. Na verdade é esse o problema que afetou a Raça há anos atrás – a Comunidade Negra não comprava a revista e só queriam tê-la de graça!
Esse é a principal questão – diferente do Povo Preto Americano – Black People
– a Nação Negra do Brasil prestigia muito pouco seus representantes na Mídia. Quantas cartas um Rocco
Pitanga
ou uma Tais Araújorecebem por dia? Mas eu sei quantas cartas e e-mails? Mas eu sei quantas recebem Thiago Lacerda e Débora Secco.
Brasil é um país estranho, que não estranha que todas as ultimas ganhadoras do Miss Brasil sejam brancas e muitas louras – a exemplo da Grazi, ex Big Brother que recheia a edição da Playboy desse mês. Pretas e Pardas são quase 50% da população, mas por incrível que pareça nem são escolhidas para competir. Como diz Mano Brown – racionais Mcs – É ... Negro Drama!
2 comentários:
apesar de todo sua colocaçao voce mostrou que nao tem preconceito com rei do pop valeu
mais jornalista negros na impressa brasileira.
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