Este ano ela estaria completando 100 anos de idade, mas quando nasceu em St. Louis, Missouri, Freda Josephine Carson, filha de uma lavadeira e de um musico não dava a menor pista de que seria esta grande estrela e até heroína de guerra, condecorada pelo General Charles De Galle.
Sua infância foi similar a de muitas meninas afro-americanas em um estado sulista e segregacionista, trabalhando como empregada domestica, lavadeira, baba e garçonete. Mas desde a adolescência descobriu se talento artístico e só não começou antes, por causa da recusa de teatros em aceitá-la ainda menor de idade.
Aos 18 anos, surgiu a grande chance, quando trabalhava como camareira da cantora de blues Clara Smith. Cinco anos implorando por uma chance e na ausência da diva, ela foi substituí-la de última hora e foi aplaudida. Um ano depois já estava em Paris com o show Revue Nègre, com uma ousadia incomum, dançava no teatro da Champs Elysées apenas de tanga e coberta por penas. Simplesmente a platéia ficou boquiaberta por gente como Léger, VanDongen, Jean Cocteau e Dorius Milhaud. Não demorou e transformou em marca registrada uma tanga de banana.
E a menina do Missouri foi aceita na Europa, chegando a virar sinônimo de brilhante = Bakerfix. O sucesso veio junto com conquistas materiais, sendo vistas nas noites francesas com um carro de luxo Voisin e um leopardo acoleirado de nome Chiquita. E na vida pessoa pode ser cortejada por muitos homens, mas nenhum definitivamente conquistou seu coração.
Quando estoura a Segunda Guerra Mundial, foi chamada para animar os soldados da Resistência Francesa, chegando inclusive a trabalhar para o serviço secreto dos Aliados. Após a guerra morou majestosamente no Castelo de Milandes, em Castelnau-la-Chapelle. Lá adotou doze crianças órfãs, de diversas etnias.
Uma de suas poucas frustrações foi à falta de reconhecimento em seu país, só corrigido em 1973, no Carnegie Hall, Nova Iorque, mas quando visitava os Estados Unidos foi muito discriminada. Isso a motivou a engajar na luta norte-americana de Combate ao Racismo, chegando a participar da Marcha de Washington, em 1963. Ela chegou a processar a loja Stork Club de Nova York, por causa de um atendimento que considerava racista.
Ela esteve no Brasil pela primeira vez em 1929, apresentou-se no Teatro Casino, no Rio de Janeiro. Retornou com sucesso em 1952, contracenando com Grande Otelo no show "Casamento de Preto", onde cantava "Boneca de Piche" em português. Voltou mais uma vez em 1963 para uma temporada no Copacabana Palace. A última vez no Brasil em 71, no Rio, em Belo Horizonte e Porto Alegre quando também se apresentou no programa do polemico Flávio Cavalcanti.
Consagrada e aplaudida no mundo todo Josephine Baker morreu em 1975.
Josephine Baker
Sua infância foi similar a de muitas meninas afro-americanas em um estado sulista e segregacionista, trabalhando como empregada domestica, lavadeira, baba e garçonete. Mas desde a adolescência descobriu se talento artístico e só não começou antes, por causa da recusa de teatros em aceitá-la ainda menor de idade.
Aos 18 anos, surgiu a grande chance, quando trabalhava como camareira da cantora de blues Clara Smith. Cinco anos implorando por uma chance e na ausência da diva, ela foi substituí-la de última hora e foi aplaudida. Um ano depois já estava em Paris com o show Revue Nègre, com uma ousadia incomum, dançava no teatro da Champs Elysées apenas de tanga e coberta por penas. Simplesmente a platéia ficou boquiaberta por gente como Léger, VanDongen, Jean Cocteau e Dorius Milhaud. Não demorou e transformou em marca registrada uma tanga de banana.
E a menina do Missouri foi aceita na Europa, chegando a virar sinônimo de brilhante = Bakerfix. O sucesso veio junto com conquistas materiais, sendo vistas nas noites francesas com um carro de luxo Voisin e um leopardo acoleirado de nome Chiquita. E na vida pessoa pode ser cortejada por muitos homens, mas nenhum definitivamente conquistou seu coração.
Quando estoura a Segunda Guerra Mundial, foi chamada para animar os soldados da Resistência Francesa, chegando inclusive a trabalhar para o serviço secreto dos Aliados. Após a guerra morou majestosamente no Castelo de Milandes, em Castelnau-la-Chapelle. Lá adotou doze crianças órfãs, de diversas etnias.
Uma de suas poucas frustrações foi à falta de reconhecimento em seu país, só corrigido em 1973, no Carnegie Hall, Nova Iorque, mas quando visitava os Estados Unidos foi muito discriminada. Isso a motivou a engajar na luta norte-americana de Combate ao Racismo, chegando a participar da Marcha de Washington, em 1963. Ela chegou a processar a loja Stork Club de Nova York, por causa de um atendimento que considerava racista.
Ela esteve no Brasil pela primeira vez em 1929, apresentou-se no Teatro Casino, no Rio de Janeiro. Retornou com sucesso em 1952, contracenando com Grande Otelo no show "Casamento de Preto", onde cantava "Boneca de Piche" em português. Voltou mais uma vez em 1963 para uma temporada no Copacabana Palace. A última vez no Brasil em 71, no Rio, em Belo Horizonte e Porto Alegre quando também se apresentou no programa do polemico Flávio Cavalcanti.
Consagrada e aplaudida no mundo todo Josephine Baker morreu em 1975.
Josephine Baker
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