É com pesar que todos lamentamos a morte de Zélia Gattai. Não era apenas esposa de Jorge Amado, mas um escritora de valor. É emocionante o registro da emigração italiana, feito no livro “Anarquistas, Graças a Deus”.
Passado o luto, ocorre-me uma situação bem interessante: por que não brigarmos para que a vaga dela seja preenchida por Nei Lopes, escritor de talento, com obras inigualáveis da literatura brasileira?
A Academia Brasileira de Letras foi fundada por um negro, Machado de Assis. Mas desde sua morte, negros e negras são apenas temas de livros dos ocupantes das centenárias cadeiras. Até gente de talento medicre, como o ex-presidente José Sarney, ocupa uma delas.
Por isto, defendo Nei Lopes para a cadeira de imortal. Por que não?
Quem é ele – Nei nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1942. teve infância similiar a milhares de jovens carentes de sua periferia.
Sua vida muda quando começa a compor e a cantar. Teve parceria com Wilson Moreira. Mantem forte ligação com as escolas de samba Salgueiro e Vila Isabel
Compositor profissional desde 1972, vem, desde os anos 90 esforçando-se pelo rompimento das fronteiras discriminatórias que separam o samba da chamada MPB.
2 comentários:
Cara, porque nunca pensei nisso, apoiadíssimo.
e verdade ser negro é um orgulho vamos valorizar não só os negros mas também todos os brasileiros
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