terça-feira, abril 28, 2009

Cadillac Records: o blues depois de Muddy Waters


Filme relata a popularização do gênero através da história dos artistas que passaram por uma das lendárias gravadoras americanas.

É bem provável que muitos conheçam a música a Manish Boy, executadas em muitos filmes nos últimos anos. Principalmente como trilha sonora para transformação do personagem em algo mais agressivo. Infelizmente, poucos conhecem a voz que está por trás da canção, Muddy Waters, um dos pais do rock and roll.
O filme Cadillac Records tem o mérito de fazer este resgate do cantor que abriu caminho para muitos roqueiros, chegando a ser reverenciado pelos Rolling Stones. Jeffrey Wright está bem como o personagem, mal humorado e engraçado ao mesmo tempo. Faz valer a pena ver o filme.
Além de Muddy, o filme também mostra, embora de forma caricata, outra lenda do blues, Little Walter, famoso por sua gaita e sua irreverência até fora do palco.
Também merecem registro Eammon Walker interpretando Howlin' Wolf, um ícone do blues, embora bem esquecido. Impagável a cena em que ele provoca Muddy no estúdio, ao cantar quase beijando uma das namoradas do adversário. Mito ou não, a verdade é que nesta saiu uma interpretação magnífica.
A Beyoncé Knowles dispensa comentários, ao se transformar na Etta James, apesar de exagerar um pouco na vulgaridade que a cantora nunca teve. Gabrielle Union está bem como a esposa de Muddy, Geneva Wade, esposa de Muddy, o verdadeiro motivo da separação com Little Walter. Os dois amavam a mesma mulher.
O rapper Mos Def não fica atrás ao fazer quase uma ponta como Chuck Berry, outro pai do rock. Mas podia ter ousado mais, além de imitar o sorriso e o andar de Chuck.
Nota zero vai para o ator Adrien Brody, ganhador do Oscar de melhor ator por O Piano, mas nas quase duas horas do filme, onde os personagens envelhecem, ele permanece o mesmo, e sem dar um sinal de que estava mesmo no filme. Talvez o roteiro esteja errado em tentar conta a história de Leornad Chess (Brody), lendário fundador da gravadora Chess Records, que lançou ao mundo grandes nomes da música americana.
Quem quer saber da vida de quem era o dono da gravadora que lançou um ídolo da música? O filme Ray, mostrou quem era, mas não cometeu esta besteira
Cedric the Entertainet comete o mesmo erro ao interpretar o Willie Dixon. Interpretação sem espírito.
Mas o filme vale a pena por muitos motivos. Principalmente pela trilha sonora. Indicado para quem quer conhecer um pouco de blues.

Um comentário:

Sonia disse...

Oi querido,

Parei aqui por acaso e adorei seu blog. voltarei mais vezes... (te colocando nos favoritos)