Neste final de semana assisti ao polêmico filme do cineasta José Padilha: Tropa de Choque. Seria engraçado se não fosse trágico, o filme é um sucesso nas barracas de camelos das grandes cidades. É chata a atitude da pirataria, mas uma coisa é certa: se muitas pessoas recorrem a este recurso para só para assistir, é um atestado de sucesso.
O roteiro é baseado num livro homônimo, que relata o cotidiano de um oficial deste grupo de especializado da Policia Militar do Rio de Janeiro. Para nós, paulistas, poderá ser chocante a realidade retratada. Mas se algum cineasta aventurar a filmar o livro Rota 66, do jornalista global Caco Barcellos, iremos sentir mais incomodo ainda.
O que vemos em quase uma hora e meia de filme é a mesma situação vivenciada nas das grandes cidades do mundo, principalmente da América Latina. No filme são mostrados três setores da polícia carioca: os corruptos, os omissos e os sonhadores. O primeiro time todo mundo conhece, pois são os mais notórios, apesar de não ser a maioria das corporações. A gente depara com eles nos noticiários policiais, quase sempre presos em flagrante delito.
Os omissos da PM são aqueles que não participam da corrupção, sabem dos fatos, mas dentro deles moram o espírito, “deixa disso” ou pensam assim, “não vai virar nada”. Felizmente ou infelizmente são a maioria. Quando aparecem os escândalos na televisão, fazem questão de justificar para a família, que nunca aceitaram dinheiro por fora, mas não revelam o fato de testemunharem este tipo de crime e permanecerem calados.
O terceiro e menor grupo são os sonhadores: faz parte o menor grupo de policiais, em geral, novatos. Entram com disposição de mudar o sistema, punir os bandidos fora e dentro da corporação. Se forem resistentes, conseguem vencer, senão, pedem transferência para outro setor.
Há cenas de consumo de drogas, tortura e extrema crueldade, praticado por ambos os lados da guerra contra o crime. Não é fácil julgar. O certo mesmo é nem se meter a fazer análises profundas sobre o assunto.
O diagnóstico do problema é feito pelo personagem do ator Wagner Moura: o sistema é assim. Um ex-graduado da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro disse: a PM existe para conter a revolta dos morros, não para combater o crime. Estabelecem a linha social, para que os favelados continuem convivendo com os traficantes; e turistas possam passear tranqüilos pelas praias da Cidade Maravilhosa.
O filme Tropa de Elite é obrigatório para todos brasileiros. Só faltou no final da exibição no cinema a bandeira nacional, á tremular, e lermos lá ironicamente: Ordem e Progresso. Pra quem?
O roteiro é baseado num livro homônimo, que relata o cotidiano de um oficial deste grupo de especializado da Policia Militar do Rio de Janeiro. Para nós, paulistas, poderá ser chocante a realidade retratada. Mas se algum cineasta aventurar a filmar o livro Rota 66, do jornalista global Caco Barcellos, iremos sentir mais incomodo ainda.
O que vemos em quase uma hora e meia de filme é a mesma situação vivenciada nas das grandes cidades do mundo, principalmente da América Latina. No filme são mostrados três setores da polícia carioca: os corruptos, os omissos e os sonhadores. O primeiro time todo mundo conhece, pois são os mais notórios, apesar de não ser a maioria das corporações. A gente depara com eles nos noticiários policiais, quase sempre presos em flagrante delito.
Os omissos da PM são aqueles que não participam da corrupção, sabem dos fatos, mas dentro deles moram o espírito, “deixa disso” ou pensam assim, “não vai virar nada”. Felizmente ou infelizmente são a maioria. Quando aparecem os escândalos na televisão, fazem questão de justificar para a família, que nunca aceitaram dinheiro por fora, mas não revelam o fato de testemunharem este tipo de crime e permanecerem calados.
O terceiro e menor grupo são os sonhadores: faz parte o menor grupo de policiais, em geral, novatos. Entram com disposição de mudar o sistema, punir os bandidos fora e dentro da corporação. Se forem resistentes, conseguem vencer, senão, pedem transferência para outro setor.
Há cenas de consumo de drogas, tortura e extrema crueldade, praticado por ambos os lados da guerra contra o crime. Não é fácil julgar. O certo mesmo é nem se meter a fazer análises profundas sobre o assunto.
O diagnóstico do problema é feito pelo personagem do ator Wagner Moura: o sistema é assim. Um ex-graduado da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro disse: a PM existe para conter a revolta dos morros, não para combater o crime. Estabelecem a linha social, para que os favelados continuem convivendo com os traficantes; e turistas possam passear tranqüilos pelas praias da Cidade Maravilhosa.
O filme Tropa de Elite é obrigatório para todos brasileiros. Só faltou no final da exibição no cinema a bandeira nacional, á tremular, e lermos lá ironicamente: Ordem e Progresso. Pra quem?