domingo, janeiro 31, 2010

O Livro de Eli



O mundo é semi destruído por uma guerra nuclear. Os sobreviventes lutam para recomeçar entre os escombros, falta de comida e água. Esta ficção cientifica já foi contada diversas vezes, em inúmeros filmes. O mais famoso é Mad Max. E cá entre nós, a trilogia estrelada por Mel Gibson faz o restante parecer cópia.

O filme, O Livro de Eli não foge a fórmula batida. Mundo pós-apocalíptico, cenário cinzento e o cardápio da civilização está resumido entre carne de gato ou humana.

O diferencial do roteiro é no mínimo inusitado. O vilão, Gary Oldman, tenta arrancar do herói, Eli, Denzel Washington, nada menos do que a cópia da Bíblia Sagrada. Além disto, o personagem central recita trechos de Salmos.

Desde os Dez Mandamentos e Ben Hur, o filme tinha se afastado de histórias religiosas. Exceção fica por conta daUltima Tentação de Cristo e Paixão.

Se lançado na Quaresma ou na Semana Santa, o filme será automaticamente adotada por igrejas e seitas. Mas quem está atrás de diversão, sairá do cinema decepcionado. Melhor seria se tivesse ido a um culto ou missa.

Filme Malcolm X






Finalmente, após meses de busca, consegui encontrar uma boa cópia do melhor filme da História: Malcolm X, dirigido por Spike Lee.
Infelizmente, não dá para encontrar o DVD original. A Warner Bros não quer saber de relançar no Brasil. A versão que tenho é legendada, baixada da internet. O filme merecia o Oscar em 1992. Está quase igual ao livro. E Denzel Washington está perfeito como Malcolm.
É meu presente de aniversário.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Quem foi Nilo Chagas?


Todo mundo está vendo o personagem compõe o Trio de Ouro do seriado Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Mas pouca informação é mostrada sobre ele. O cantor nasceu em Barra do Piraí, em 1917 e morreu em 1973, pobre, no Rio de Janeiro.

Em 1935 alcançou a fama ao substituir o falecido Francisco Sena, como parceiro de Herivelto Martins, na dupla Preto e Branco. Um ano depois, entrou Dalva, criando assim, em 1938, o Trio de Ouro.

Em 1950, Dalva, recém separada de Herivelto. No lugar entra Noemi Cavalcanti. Mas esta formação só dura dois meses, quando em, eles são substituídos por Raul Sampaio e Maria de Lourdes Bittencourt.

domingo, janeiro 03, 2010

Invictus – Outra Copa do Mundo na África do Sul.



Clima de Copa do Mundo da África do Sul vai contagiar todos. Brasil é favorito, mas o que vale é bola no campo. Mas para os amantes do esporte devem ficar atento a um filme que entrará em cartaz em 29 de janeiro de 2009: Invictus. Ainda sem nome em português, mas dispensável a tradução: Invictos.

Em 1995, logo após sua posse, Nelson Mandela enfrentava os desafios de transformar suas promessas de campanha em realidade. A maioria negra votou nele e a minoria branca não. O que se esperava de um resultado de urna assim, seria o revanchismo, após décadas de violenta segregação racial.

Neste clima pró desagregação, Mandela mostrou porque é um líder incontestável: propôs manter um time de rugby, um dos símbolos da separação étnica. A seleção nacional tinha apenas um negro, onde eles são 80%.

De forma inesperada, para negros, e os partidos da base de apoio de Mandela, o presidente incentivou o time e conseguiu fazer com que todos se unissem em torno da equipe: “uma nação, um time”. Coisa que acontece há muito tempo no Brasil.

Não foi fácil incentivar os massacrados negros, apoiarem um time de seus ex-opressores. Somente a tática do perdão mútuo (principalmente dos negros) conseguiu isto. Todos passaram a se ver como uma única nação, multirracial e com diversidade cultural.

A interpretação de Mandela, feita por Morgan Freeman está espetacular e correta. Fala pausada e ponderada, semelhante a do líder sul-africano. E Matt Damon como o capitão da equipe sul-africana de rugby foi boa. O único senão é que Mandela é mais baixo que o atleta, na vida real. Mas o cinema nem sempre tem obrigação de ser 100% fiel em todos os detalhes. Há indícios de que Jesus nunca foi louro de olhos azuis, no entanto, em todos os filmes ele está assim.

Detalhe importante de Invictus é destacar as dificuldades que Mandela teve em seu mandato. E o desapego ao poder. Poderia tentar outro mandato nas urnas e ganhar. Mas está é a diferença de dele e de Hugo Chaves. Sem falar do clima constante de tensão, com medos de golpes e atentados contra Madiba.

Pena a propaganda ser menor, mas seria uma boa competição saber qual o melhor filme: Invictus ou Lula do Brasil, que retrata a epopéia do sertão ao Palácio do Planalto do presidente do Brasil.

Não dá para deixar de citar a direção, Clint Eastwood,em Invictus. A pouco tempo, o cineasta se envolveu num caloroso bate boca com Spike Lee sobre a falta de negros nos filmes. Será que esta foi a resposta?

Tiger Woods - 1º ídolo negro do golfe internacional





Exceto a pisada de bola com a esposa, a linda ex-modelo sueca Elin Nordegren, a história do golfista Tiger Woods seria impecável. Até dezembro de 2009, era o atleta mais bem pago do planeta A Revista Forbes publicou que Tiger Woods se tornou neste mesmo ano o primeiro esportista bilionário da história.
Sua destreza em campo perdeu espaço em noticiários para informações como os US$ 300 mil de presente de Natal, que ele deu a esposa, para tentar desculpar-se da infidelidade. Nem os filhos ele está autorizado a ver.
Woods é atualmente um jogador americanos de golfe, que teve uma infância difícil. Ele se tornou profissional em 1996 e passou ao posto de estrela ao vencer o Masters em 1997. Até fevereiro de 2007, ele já havia ganhado 75 torneios. Tiger faturou quatro vezes o Masters, três vezes o PGA Championships, duas vezes o U.S. Open e três vezes o British Open. Ele se tornou o primeiro homem da história a deter os títulos dos quatro maiores títulos da categoria de uma só vez, em 2001.
Nasceu em 30 de dezembro de 1975, em Cypress, Califórnia Woods, que é filho de pais mestiços, que incentivaram muito o interesse no golfe. Seu pai, Earl, é um militar aposentado da Força Armada dos Estados Unidos. Ele é descendente de afro-americanos, chineses e índios. Sua mãe Kutilda, é tailandesa, filha de alemães.
A torcida é para que este escândalo termine, para que o astro volte aos campos de golpe para encantar o público com suas jogadas. Mesmo porque o caso da infidelidade não pode ser eternamente uma manchete.

sábado, janeiro 02, 2010

Andrade: 1º técnico negro campeão brasileiro







Todo consegue imediatamente recordar os nomes dos grandes jogadores de futebol: Pelé, Garrincha, Zico, Romário e Ronaldo. Apenas um deles é branco. Mas se a questão for listar os técnicos negros de futebol, a tarefa é bem mais difícil.

O técnico do Flamengo, Andrade (José Luis Andrade da Silva), tornou o primeiro negro a conquistar o título do Campeonato Brasileiro. Se bem que o Vanderlei Luxemburgo, considerado negro, já foi várias vezes campeão. Mas por não se auto identifica assim, não entra nesta categoria.

Andrade começou a carreia como volante no Flamengo, em 1974. Levou quatro anos para subir das categorias de base até conseguir a camisa de titular do time principal. Ele participou das conquistas da Taça Libertadores da América e Mundial de Interclubes, todos em 1981.

Os bons desempenhos, quatro títulos brasileiros, deram chance de conseguir um contrato para jogar no Roma, na Itália, mas já em 1989 retornou ao Brasil para atuar pelo Vasco, onde participou da conquista do titulo de campeão brasileiro.

Depois, Andrade passou por equipes menores do Espírito Santo, Mato-Grosso e até Maranhão. Não demorou em a experiência de ele ser reconhecida na sua contratação como auxiliar técnico no Flamengo e, por três vezes, chegou a assumir o cargo de técnico interino da equipe principal.

A grande chance, veio em 2009, quando Cuca deixou o cargo, em meio a uma péssima campanha e grande cobrança dos torcedores. Com bom entrosamento com o time, experiência de Petkovic e a habilidade de Adriano, ele conquistou o Campeonato Brasileiro de 2009.

A conquista do troféu de Melhor Técnico de Futebol, concedido pela CBF, em cima de treinadores mais renomados e caros como Luxemburgo e Murici Ramalho.

Na renovação do contrato, o racismo voltou aparecer, com a relutância da diretoria do Flamengo em fechar um melhor salário. Afinal de contas, há anos, o time não conquistava o titulo.